[RESENHA] O VISCONDE QUE ME AMAVA - SERIE OS BRIDGERTONS


O Visconde que me Amava é o segundo livro da serie Os Bridgertons. A história desta vez narra o primogênito dos oito filhos do Visconde Edmund e da Viscondessa Violet, Anthony Bridgerton.


Título: O Visconde que me Amava
Autor: Julia Quinn
Editora: Arqueiro
Número de Páginas: 304

A temporada de bailes e festas de 1814 acaba de começar em Londres. Como de costume, as mães ambiciosas já estão ávidas por encontrar um marido adequado para suas filhas. Ao que tudo indica, o solteiro mais cobiçado do ano seráAnthony Bridgerton, um visconde charmoso, elegante e muito rico que, contrariando as probabilidades, resolve dar um basta na rotina de libertino e arranjar uma noiva.
Logo ele decide que Edwina Sheffield, a debutante mais linda da estação, é a candidata ideal. Mas, para levá-la ao altar, primeiro terá que convencer Kate, a irmã mais velha da jovem, de que merece se casar com ela.
Não será uma tarefa fácil, porque Kate não acredita que ex-libertinos possam se transformar em bons maridos e não deixará Edwina cair nas garras dele.
Enquanto faz de tudo para afastá-lo da irmã, Kate descobre que o visconde devasso é também um homem honesto e gentil. Ao mesmo tempo, Anthony começa a sonhar com ela, apesar de achá-la a criatura mais intrometida e irritante que já pisou nos salões de Londres. Aos poucos, os dois percebem que essa centelha de desejo pode ser mais do que uma simples atração.
Considerada a Jane Austen contemporânea, Julia Quinn mantém, neste segundo livro da série Os Bridgertons, o senso de humor e a capacidade de despertar emoções que lhe permitem construir personagens carismáticos e histórias inesquecíveis.
Anthony  amava muito ao seu  pai. Ele era a sua fonte de sua inspiração, tudo que ele queria era ser igual à ele. Todas as vitórias, cada sonho, suas metas, tudo era para deixar seu pai orgulhoso; mas algo inesperado ocorre, aos 38 anos Edmund morre. Anthony tinha apenas 18 anos quando acabou tendo que arcar muito cedo com todas as responsabilidades que antes era do pai: as financias, os irmãos e irmãs, sua mãe e  sem falar do titulo de Visconde que agora carregava nas costas.
Para ele, se imaginar superando seu pai em qualquer coisa era impossível, inclusive na idade. Anthony sabia com que idade morreria. 38 anos, afinal foi com essa idade que seu pai morreu.

Os anos passaram, e aos 30 anos Anthony percebeu que precisava de um herdeiro, afinal, ele só tinha mais oito anos de vida,e para isso precisava de uma esposa.

Para ele isso parecia uma tarefa fácil. Afinal, os Bridgertons eram bem conhecidos e admirados, além do titulo que Anthony carregava. Estava determinado a encontrar a esposa perfeita, que deveria ser atraente e inteligente. Mas tinha uma regra, que em hipótese nenhuma deveria ser quebrada: a candidata tinha que ser alguém por quem Anthony nunca se apaixonaria. Anthony em hipótese nenhuma se casaria por amor.

Edwina Sheffield, o diamante da temporada, parecia ser a opção certa. Estava determinado, ia se casar com ela. Porém, Anthony não contava com a irmã solteira dela, Kate Sheffield, uma jovem temperamental, extremamente irritante, irônica e bastante protetora no que dizia a respeito irmã. Kate estava decidida a impedir que sua irmã se casasse com um libertino como Anthony e faria de tudo para atrapalhar a vida do visconde.


Bem, nunca escondi de ninguém que sou louca por romance de época, e definitivamente a série Os Bridgertons é a minha série preferida. E esse em especial ganhou totalmente o meu coração.

Anthony é cabeça dura; quando quer uma coisa não tem nada que o faça desistir. Desde que eu li O Duque e Eu, percebi essa característica em todos os Bridgertons, eles vão atrás do que querem, independente que seja impossível ou não. Então Anthony está muito, muito disposto a enfrentar tudo, até mesmo a irmã de sua pretendente, que pelo visto o odeia. 

Ele com toda a certeza é o meu preferido, ele é intenso e não sabe lidar com o que sente, é teimoso pra caramba, odeia ser contrariado e é totalmente devoto a sua família, porém se tem uma coisa que amo em Anthony Bridgerton é que ele não é perfeito. Ando meio cansada de homens idealizados, e amei esse jeito "rude" porém amoroso dele. Ele não sabe expressar muito bem o que sente, então acaba escondendo, isso é como sua auto defesa, mas com toda a certeza os seus momentos mais intensos é quando o vemos totalmente desarmado, principalmente quando se trata do amor que ele sente pela mãe e pelos irmãos, e o que ele vai desenvolvendo durante a história.

E tem Kate Sheffield, que definitivamente não é o tipo de mulher que leva desaforo para casa. Cheia de personalidade, temperamento forte e toda trabalhada na ironia , é uma mulher a frente da sua época. Avessa às convenções, fala e pensa o que quer sem medo das consequências. Totalmente apaixonada pela família, e super protetora com sua irmã, tudo o que Kate mais deseja é que sua Edwina seja feliz, ela quer um cara bom, que ame sua irmã de verdade. Kate é teimosa e totalmente persistente quando quer uma coisa, se acha que está certa, defende seu ponto de vista até o fim e não suporta libertinos, principalmente um em especial.


Olhando assim é notório as coisas em comum que Anthony e Kate possuem, mas Kate está totalmente ciente da fama do pretendente da sua irmã e não pretende facilitar a vida dele e todos sabem como um homem gosta tanto de um desafio. Ambos declaram guerra contra um ao outro, e assim se forma os inúmeros diálogos afiados e divertidos, além das brigas e peças pregadas. Mas temos que lembrar sempre daquela tipica frase : " Onde há ódio, há amor."

A construção do relacionamento de ambos é magnifica, o bom da Julia Quinn é que ela consegue expressar o amor de todas as formas, vemos o amor familiar, aquilo de proteger a família e cuidar dela, e temos também o amor entre homem e mulher, a abordagem da autora de como o sentimento nasce é magnifica. Ela prova que o amor pode sim mudar os pensamentos de alguém, fazer uma pessoa antes perdida voltar a vida e salva-la de si mesma. O Visconde que me amava aborda todos esses temas em uma leitura tão gostosa, engraçada e leve, que quando você ver, você apenas só quer mais.

O que mais gostei:


Não tem como escolher o que eu mais gostei, tenho a nítida impressão que em todas as resenhas dos Os Bridgertons falarem isso. Mas posso destacar com certeza a construção dos personagens, amei todos, até os secundários eu fiquei apaixonada. Adorei os diálogos entre Kate e Anthony, eram engraçados e irônicos ! Amei Mary, os Bridgertons com toda a certeza! Nossa, amei tudo !

O que não gostei:


Gente não tem nada que eu não tenha gostado! Amei absolutamente tudo! Acho que ainda tenho um caso de amor e ódio com essa capa, eu gosto, mas não a acho muito atrativa.