O livro gira em torno de duas personagens principais, uma
delas é a Emily, uma adolescente que logo após a sua mãe ter morrido, se muda
para Mullaby, para morar com o seu avô, que até então nunca tinha conhecido ou
sequer escutado falar. Mais parece que a população desta estranha cidadezinha não
gosta nem um pouco de seu avô e até mesmo dela, além disso, seu avô
parece não querer aproximação nenhuma, o papel de parede do seu quarto
muda de cor conforme o que está sentindo e sem falar de uma luz estranha que
aparece toda noite perto da janela do seu quarto.
E temos Julia, uma jovem que
ainda convive e tenta lidar com seu passado conturbado. Depois da morte de seu
pai, Julia se ver “obrigada” a voltar para Mullaby, para gerenciar o negócio de
seu pai, assim tendo de pagar todas as dividas deixadas e logo depois tendo que
devolver o local para sua ex-madrasta, da qual nunca gostou. Com sua volta a cidade, o seu passado fica mais difícil de ser esquecido,
agora que está de volta ela tem que lidar com o seu antigo amor de adolescência Sawyer
e os problemas do qual sempre fugiu. Quando Emily chegou à cidade, Julia
foi a primeira a acolher, além de ajudá-la a descobrir mais de sua mãe, de seu
avô e dos estranhos acontecimentos que ocorreram e ocorrem nesta cidade.
O livro é narrado em terceira
pessoa, e a narração varia entre Julia e Emily, assim Sarah nos
proporcionou uma melhor perspectiva da história.
Infelizmente a autora deixou
alguns pontos a desejar, Emily parece não ter sido bem desenvolvida, podemos
sentir que ela passa por tanta coisa, possui tantos questionamentos e autora
não se aprofunda tanto, por isso acabei por sentir a personagem meio "fria" mesmo Emily
sendo uma personagem magnifica e com uma personalidade interessante, sinto que
se a autora tivesse se aprofundasse mais na sua história seria perfeito. Outro
ponto é o final, achei lindo o que ocorre, mais acabou me deixando extremamente
chateada porque não se sabe o que vai acontecer depois e como eu queria saber!
Se a autora tivesse continuado e desenvolvido o enredo incrível que ela tinha nas
mãos, eu com toda a certeza teria amado mais o livro.
Mas se tem um personagem que
conquistou meu coração foi Vince, o avô de Emily. Ele é o tipo de personagem
que é bem real, podemos sentir ele bem afastado no inicio, é visível seu
medo de se aproximar de Emily, porém podemos ver o amor que ele sente por
ela. Ele é aquele tipo de personagem que ama em silêncio, que fez de tudo ao
seu alcance para ser o melhor pai e está tentando ser o melhor avô.
E tem Win, bem, ele é aquele cara
aparentemente certinho, que é controlado por seus pais, mas não
quer isso, posso dizer com absoluta certeza que Win é muito mais que isso, ele
é encantador e um fofo, ele não liga para o que as pessoas falam e
principalmente, não liga para o que as pessoas falam de Emily, ou melhor, de
Emily e ele.
O livro é um encanto, é aquele
tipo romance fofo e docinho, que te deixa com aquela sensação de quero mais, além
de aborda assuntos um tanto pesados e bastante atuais como aborto e gravidez na
adolescência, mais escrito sempre de um
jeito leve, até me atrevo a dizer, meigo.
Sim, posso considerar o típico romance
meloso, mais não aquele meloso chato, ah não, mais daqueles que deixa com um
profundo e enorme desejo de viver numa cidadezinha esquisita, onde coisas
estranhas acontecem e te faz querer que nunca acabe. Confesso que não é meu tipo
preferido de leitura, mais me conquistou pela simplicidade e não me arrependo
nenhum pouquinho de lê-lo .