[RESENHA] A Maldição do Vencedor - Marie Rutkoski



   Qual é o livro que dominou meu coração e me tirou da Ressaca Literária? SIM! A maldição do vencedor absorveu toda a negatividade da minha vida e me trouxe de volta aos 45 do segundo tempo. Estava na hora, num é mesmo?

   Essa é a nova aposta da Plataforma 21 (Novo Selo Jovem da V & R) e tem sido um dos livros mais comentados no momento. Continue lendo para saber se esse livro conseguiu superar minhas expectativas.



Título: A Maldição do Vencedor
Trilogia: Trilogia do Vencedor - Livro 1
Ano: 2016
Autor: Marie Rutkoski
Páginas: 328
Editora: V & R
Selo: Plataforma  21
Onde comprar: Saraiva, Livraria da Folha, Ponto Frio, Travessa       -    SKOOB

   Kestrel quer ser dona do próprio destino. Alistar-se no Exército ou casar-se não fazem parte dos seus planos. Contrariando as vontades do pai - o poderoso general de Valória, reconhecido por liderar batalhas e conquistar outros povos -, a jovem insiste em sua rebeldia. Ironicamente, na busca pela própria liberdade, Kestrel acaba comprando um escravo em um leilão. O valor da compra chega a ser escandaloso, e mal sabe ela que esse ato impensado lhe custará muito mais do que moedas valorianas. O mistério em torno do escravo é hipnotizante. Os olhos de Arin escondem segredos profundos que, aos poucos, começam a emergir, mas há sempre algo que impede Kestrel de tocá-los. Dois povos inimigos, a guerra iminente e uma atração proibida... As origens que separam Kestrel de Arin são as mesmas que os obrigarão a lutarem juntos, mas por razões opostas. A Maldição do Vencedor é um verdadeiro triunfo lírico no universo das narrativas fantásticas. Com sua escrita poderosa, Marie Rutkoski constrói um épico de beleza indômita. Em um mundo dividido entre o desejo e a escolha, o dominador e o dominado, a razão e a emoção, de que lado você permanecerá?


   Dois povos distintos e inimigos. De um lado os Valorianos, um povo poderoso, estrategista e dominante. Sem pena de destruição e sedentos pela vitória. Os valorianos derrotaram os herranis e tornou os sobreviventes míseros escravos em sua própria terra. Em um ambiente devasso pela guerra em que os derrotados não têm nenhuma expectativa de melhoria, encontramos Kestrel.

    Uma jovem de dezessete anos e que já teme o seu futuro prometor. Não deseja seguir caminhos já desenhados e sim traçar os seus. Filha de um general muito respeitado, Kestrel não quer seguir os passos do pai ou se tornar uma simples mulher. Ela deseja vencer as expectativas que o povo de Valória deposita nela e passar a ser ela mesma. Amante de música, ela deseja seguir cada tom em direção contrária a decisão que em breve ela deverá tomar: Se alistar ao exercito ou se casar.

   A aventura começa quando Kestrel se vê dando lances em um leilão de escravos. Ela não sabe o motivo de estar ali, ou por que interrompeu o passeio com sua amiga para tal. Ela simplesmente sabe que tem que adquirir o escravo, e tudo por que ele tem o dom de cantar.

 Esse é um fato bem interessante e de bastante destaque no livro. Os herranis são um povo com muita cultura. Valorizam a arte e seus dons. Incentivavam a arte a florir em todo o povo, mas com a derrota, eles perderam até certo direito de adorar seus deuses.

 Encontramos a partir daí uma aproximação entre ela e o escravo. Sabemos que Arin não é um escravo comum, notamos sua maestria e gentileza. E com um ar misterioso ao extremo, Kestrel se vê completamente próxima a ele, mesmo que sejam diferentes em termos de destino, eles carregam o amor proibido não como uma escolha, e sim como um destino.

Marie Rutkoski tem o dom de não ferir os personagens. Quando li essa sinopse logo pensei, "mais uma história de amor proibido e um romance exagerado", mas eu tomei um pelo chute na cara, pois ela constrói o romance entre os dois de uma forma tão sensata que a gente acaba se apegando a eles nas primeiras páginas.

 Com uma narrativa empolgante e se é que podemos chamar de "elegante". Faziam tempos que não
lia uma história de tal nível e importância.

Cá entre nós, a capa é daquelas que a gente compra sem nem ler a sinopse. Ela fixa em nossa mente e parece hipnose de tão bem feita e rica de detalhes.

 Não encontramos aqui um amor bobo, e sim, fiquei contente por isso. Uma obra com tal abordagem, traz até nós diversas visões de estratégias e conflitos. Desvendando mistérios ocultos e aproximações inesperadas. Uma fuga de fardos carregados por ser da burguesia e o destino avassalador.




O que mais gostei:

   Achei a Diferença entre os dois algo muito bem construído. Kestrel não queria viver entre a escolha de se alistar ou casar, e agora ela se encontra em mais uma escolha, ser leal ao seu povo ou a Arian.

O que não gostei:

   Não me deparei com nada que me afetasse. Eu realmente consegui levar o livro de forma significativa e me aprofundar em assuntos que trazem para os nossos dias. O livo fluiu muito bem, a narrativa é ótima, a história é muito bem construída e não deixou a desejar nem um pouco.

Book Trailer:




Classificação:




E ai? Ficaram curiosos? Se você já leu, comente aqui e vamos conversar sobre o amor que esse livro me deu!

9 comentários:

  1. Oiii Matheus como vai?
    Eu realmente não me interessei muito pela obra em si, creio que não me tiraria da ressaca não AAHUAAUAHU pularei a dica da vez.
    Beijinhos

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  2. Oi, confesso que o livro não me prendeu e não me cativou em nenhum momento, e por isso, não me interessei pelo obra e por ser uma trilogia, só me desanimou mais, pois estou saturada de trilogias e essa é uma que não leria.
    bjus

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  3. Olá, já é a terceira resenha que vejo de alguém falo mil amores por esse livro, então ele deve ser realmente muito bom para quem curte o gênero, eu não gosto de nada que envolva guerra , a não ser que fale sobre a segunda guerra mundial que eu adoro, mas deixo para a próxima dica.
    bjs

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  4. Apesar de ter adorado a capa, a premissa não me atraiu! Mas gosto é goste né?

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  5. Olá.
    Estou babando com essa capa, linda linda.
    Eu também pensei que se tratava de um romance proibido bem clichê, que bom saber que não é bem assim e que a autora soube construir um bom romance. Eu gostei da premissa, não é o gênero que leio com frequência, mas eu gostei.

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  6. Eu gostei do fato da protagonista querer decidir o próprio destino. Acho que precisamos de mais obras assim, que empoderam as mulheres. Mas parece que o livro não vei bem por esse lado. Bom, acho que preciso ler para ter minhas própria impressões.

    Beijos!

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  7. Oi Matheus, não conhecia o livro, ou melhor, a série e fiquei bem interessada neste primeiro volume. Estou anotando a dica para poder ler também. Espero gostar como você.
    Bjs!

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  8. Adorei a capa, contudo, não me empolgou tanto... por enquanto não entra em minha lista de leituras rs... talvez num outro momento...

    Bjs
    www.livrosdabeta.blogspot.com.br

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  9. Estou tão curiosa quanto a esta série!
    Gostei imenso de ler a sua opinião!!!
    Segui o blog! Convido-o a visitar o meu e a seguir se gostar! ;)
    Um beijinho,
    Banal Girl
    www.the-banal-girl.blogspot.com

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